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Aqui você encontra alguns dos trabalhos do jornalista publicados na Imprensa rondoniense

8.7.07

Corpo de taxista é colocado no meio do trânsito de Porto Velho

O assassinato do taxista José Pereira de Lima, de 29 anos, ocorrido na madrugada do dia 05 de junho de 2007, em Porto Velho, resultou numa revolta da classe, quando centenas de manifestantes fecharam o trânsito da movimenta Avenida Sete de Setembro, no centro da capital, como forma de protesto e clamor por justiça.

Eu estava lá, e ví tudo! Os taxistas ainda puseram no meio da Avenida - no trecho que é atravessada pela Campos Sales - o caixão com o corpo da vítima, tendo ao lado a família em estado de pranto.

A manifestação, que durou pouco mais de uma hora, contou com um carro de som, no qual representantes do Sindicato dos Taxistas de Rondônia (Sicavir) se fizeram ouvir com gritos de protesto. “Queremos justiça e mais segurança para podermos sair de casa para trabalhar com a garantia de poder voltar para o nosso lar!”.

O CRIME

Segundo informações da Polícia, que colhí na ocasião, os acusados (três rapazes, sendo um deles menor de idade) teriam embarcado no táxi no Bairro Agenor de Carvalho, na Guaporé com a Rio de Janeiro, com destino ao Bairro Lagoinha. Horas depois, o corpo do taxista foi encontrado na Rua Silva Só, no Bairro Três Marias. Ele foi morto com três tiros, e um dos disparos o atingiu pelas costas, o que revelou que José Pereira tentou escapar da morte.

SOBRE A VÍTIMA

José Pereira Lima, conhecido por "Passarinho", era casado, pai de uma criança de 4 anos, e trabalhava como taxista na capital há 10 anos. Ele era considerado por seus colegas do ramo como uma pessoa bem relacionável, querida e um pai de
família exemplar.

MEDIDA DE SEGURANÇA

Quando entrevistei um dos diretores do sindicato dos taxistas, Silfarne Benarrosh, ele disse que José Pereira foi mais uma vitima da ausência de uma ação preventiva que deveria ser impetrada pela Polícia local, principalmente em ocasiões de grandes eventos na capital como o Carnaval e a Expovel - quando se tende a aumentar a incidência de práticas criminosas. “Em fevereiro deste ano [2007] o Sindicato solicitou à Polícia que se fizesse abordagem nos carros de táxi, como medida de segurança. A princípio, a Polícia atendeu a solicitação e começou a realizar vistorias à passageiros em zonas consideradas de riscos, mas depois parou de ser feito isso”, disse, na ocasião, o sindicalista, questionando: “Será que é preciso um taxista ser morto para a Polícia fazer alguma coisa!”.

VISTORIAS NOS CARROS COM PASSAGEIROS SERIA A SOLUÇÃO?

A proposta citada pelo sindicalista pode ser uma boa alternativa para se coibir a violência praticada contra taxistas na capital de Rondônia, no entanto, essa indicada medida é questionada por uma ala da própria categoria, que teme o constrangimento que as abordagens nos carros causariam à passageiros que não que não estão acostumados com a submissão à uma vistoria policial, podendo implicar na redução da clientela.

ESTA QUESTÃO DÁ UMA BOA PAUTA PARA UMA OUTRA REPORTAGEM, VOCÊ NÃO ACHA?

Seguem fotos da manifestação:


Para o site de notícias Verdade Rondônia
Com fotos de Linconh Regis

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