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Aqui você encontra alguns dos trabalhos do jornalista publicados na Imprensa rondoniense

1.11.07

Vítimas do Flor do Amazonas buscando explicação sobre suposto envolvimento do governador

“O que aconteceu aqui foi uma ação extremamente terrorista. Viemos para garantir que os autores não ficarão impunes!”- essas foram as palavras do adjunto da Secretaria de Segurança Estado de Rondônia (Sesdec), Cezar Pizzano, ditas no final da tarde de terça-feira (03/07), no acampamento do Movimento Camponês Flor da Amazônia.

A visita do secretário já era esperada pelos sem-terra desde o ato criminoso do qual foram vítimas, quando jagunços invadiram o acampamento agindo com violência e ameaças. O motivo da espectativa era a obtenção de esclarecimentos em relação ao suposto envolvimento do governo do Estado no ato criminoso, já que os agressores teriam se apresentado, momento do ataque, como sendo policiais militares, e que estariam agindo à mando do governador Ivo Cassol.

Segundo informações colhidas, na ocasião, por uma equipe de guarnição da Polícia Militar, comandada pelo sargento Francisco Gonçalves Ferreira, algumas vítimas relataram à Polícia que tiveram armas apontadas para suas cabeças, e que sofreram humilhações, agressões verbais e físicas, enquanto os infratores se identificavam como sendo policiais civís e militares. “Achamos estranho, pois a Polícia não aparece por aqui encapuzada”, disse uma das vítimas em depoimento à Polícia.

No meio de homens e mulheres revoltados e inconformados com a injustiça que sofreram, os quais traziam no corpo marcas da agressão, o representamte do governo buscou ser firme quando assegurou que a secretaria de segurança estava se empenhando o máximo para elocidar o caso.
“Temos trabalhando com afinco, e posso adiantar que já estamos muito adiantados nas investigações. Quem fez isso fez de uma forma muito irresponsável, deixando muitos vestígios”, declarou Pizzano ainda solicitando: “Precisamos de um voto de confiança. Vamos dar tudo de nós, mas também vamos contar com a colaboração de vocês. Não fiquem calados! Digam tudo o que souberem”.

O advogado do Movimento, José Martinho de Medeiros (Águia Azul), foi ponderado quando disse que, naquele momento, não se podia precipitar em conclusões, já que o inquérito investigativo ainda seguia em busca de provas contundentes, para que então fosse possível apontar os autores do atentado.

Eu estava lá, no dia 03 de julho de 2007, e ví o sofrimento nos nos olhos daquela gente.

As fotos são do meu querido amigo Linconh Regis

Publicado no site Verdade Rondônia em 04 de julho de 2007


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