
O servidor ainda informa que apresentou uma proposta para o diretor da unidade, Roni Peterson, mas que não recebeu nenhum retorno. “Eu sinto prazer em trabalhar na área de saúde, como técnico em Enfermagem, mas gostaria de poder colaborar com o Hospital como jornalista, por entender que assessoria de imprensa é uma área também muito importante, e que não pode faltar numa unidade de saúde, como em qualquer outro setor público”, declarou.
João Bosco concluiu o curso no primeiro semestre de 2006 e, desde então, vem procurando se especializar na área que se graduou. No ultimo dia 5 de agosto, por exemplo, esteve participando, juntamente com vários assessores de imprensa do Estado, de três cursos de comunicação que foram ministrados pela jornalista carioca Solange Ramos. “Durante o curso foram destacadas as ações de uma assessoria de imprensa e de sua importância para um setor público ou privado”.
Assessoria no HB

Assessorias limitadas
Rondônia possui, na atual gestão, oito secretarias, cujas assessórias de imprensa são subordinadas ao DECOM (departamento que ocupa uma sala no Palácio do Governador). No governo anterior havia sete pastas, no entanto os assessores tinham mais autonomia. Com o governo Cassol tornou-se obrigatório que os materiais produzidos pelas assessorias de imprensa passem pelo crivo do DECOM, embora em algumas secretarias haja um maior espaço, como é o caso da Seduc (Secretaria de Estado da Educação) e da Seapen (Secretaria de Estado da Administração Penitenciária), que possuem sites próprios, os quais são alimentados pelos assessores. Os demais têm que se contentar com a publicação de seus materiais no site do Governo, isto é, os que são aprovados.
O atual diretor do DECOM, Marco Antonio, apesar de não ser jornalista por graduação, é ele a maior autoridade no setor comunicacional da máquina do Estado. O próprio diretor reconhece a necessidade de se contratar mais jornalistas para assumir pastas ou unidades de saúde carentes de uma assessoria de imprensa ativa, mas a contratação esbarra em trâmites burocráticos. Enquanto isso, currículos são engavetados no DECOM, deixados pessoalmente por profissionais da área em busca de uma oportunidade. Profissionais como o servidor João Bosco Cardoso, predispostos a produzirem informação, mesmo sob o crivo do Departamento de Comunicação do Governo.
Falta de autoconfiança

Uma assessoria de comunicação, de acordo com o conceito exposto por Solange, “é uma fonte organizadora de informações de um setor público ou privado. E compreende tanto ‘o serviço de administração das informações jornalísticas e do seu fluxo das fontes para os veículos de comunicação e vice-versa’ quanto a edição de boletins, jornais e revistas”. Em contrapartida, a jornalista ressaltou a importância da valorização do profissional para que ele desenvolva seu trabalho com disposição gana. Ela disse que no Rio de Janeiro um assessor de imprensa de setor público chega a ganhar 12 mil Reais – uma disparidade com a realidade de Rondônia, onde há assessores que chegam a ganhar R$ 500, segundo informou uma aluna do curso ministrado por Solange, que presta assessoria no interior do Estado. Já em Porto Velho, assessores de imprensa de secretarias estaduais ganham, em média, mil Reais.

Publicada no Tribuna do Servidor
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